Temporal

Não há sonhos perdidos

Quando achamos o fim.

Peregrinos revestidos de cactos

Seiva endurecida e morna.

O fim das coisas temporais

Está no momento impróprio

Quando tudo se reveste em nada.

O lamento é fruto de infortúnios

Que andam descalços na vida.

A cada margem... Uma despedida.

Quando penso que achei algo

Estou apenas galgando espaços.

Nina Marques
Enviado por Nina Marques em 27/01/2012
Reeditado em 27/01/2012
Código do texto: T3465232