OBJETO DE AMOR

Mulher de quarenta,

teu corpo de vinte

é o mais puro acinte,

eu eu aos cinquenta

me desmancho em teus olhos,

olhos pedintes,

que perderam o pudor

e me tentam e me medem

sem parcimônia,

cadê o pudor?

Virei objeto,

objeto de amor,

e mesmo no inverno,

sinto calor.

lineu de paula
Enviado por lineu de paula em 15/07/2005
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