a calçada que abriga o rico
o pobre por ela passa
todos sentem o corpo morrer,
o tempo esgaça..
tem problemas inexplicaveis
ao longo do caminho
hoje, é o melhor dia,
o passado entranhado nas teias das eras
estende pelo corredor da vida
esquecimentos e lembranças...
(ainda vou lembrar de esquecer),
ja passaram muitos anos
o encanto á mostrar mofou,
crianças morrendo,
esperança ensanguentada
em vidas que escorrem,
deixando vazios
os quartos que aninham,
braços que apertam,
calor que edifica,
o dia vai...
meus olhos cansados, abalados,
pareçem duas torneiras emperradas
ja não basta apenas ver o horizonte
antes , gastar o descanso
num corpo equilibrado
no trabalho, na (diverssão,)
enquanto pode, tire
o pé da parede,
pois no depois
num encarquilhado jeito
de não mudar de idéia,
surge um grito:
me devolve tudo
que deixei em tuas lembranças,
devolve a DEUS o tempo roubado...
o vento assobia,
no coração ( quietude.)..
há um caminho eterno
entre nós,
mas
prédios inteiros desabam)
matando sonhos,
quem somos nós pra falar da solidão,
ela pertence aos desenganados pela instantanea agonia
felicidade e só uma flor calma e rápida,
a morte honda, o céu estronda,
pelos belos jardins da vida
pelas calçadas do rico pobre,
do pobre pobre,
do pobre rico,
o mundo é o mesmo
bueiros em pânico,
quem poderá se salvar
dessa selva (mundo)
quem poderá dizer de verdade
(eu sou feliz ) !?
olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 27/01/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3464352
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