Dor na alma!
Entro no casulo,
Quero sentir o escuro,
Sem palavras, ecos, dissonâncias!
Costuro a dor na alma,
Escorre pingos d'água
Na fronha do travesseiro...
Maldito tiro certeiro.
Fere os olhos à luz
Pelas frestas da janela
Aparo minhas arestas!
Formam círculos e elos.
Desato o nó dessa dor!...
Cheiro de mar, maresia,
De terra molhada, florestas.
As nuvens estão dormindo!
Nem sei que dia é hoje:
Hoje transpira domingo.