JANELA PARA O INFINITO POÉTICO
Tudo parece fragmentar-se em retalhos da vida:
quadros, lagartixas, coqueiros,
velhas fotografias,
caderno manchado pelo tempo, trecos da casa,
tudo isso e muito mais em profusão
numa chaleira de cobre, lembrança em ebulição...
tudo revisto numa "depressiva penteadeira"
e, ao teu lado,
do sonho a esteira
eu deitado.
Depois, dobro os meus cotovelos no parapeito da janela,
como a begônia
absorto,
ou morto.