Luto

Era uma dor

Com nome de guerra

Um pranto seco

Um grito oco

Ecoando em volta

E por dentro

Era uma dor

Repetida

E irritante

Surpreendente

E agonizante

Grito de cigarra

Incorporado à tarde quente

Era uma dor

Com nome de guerra

Perdida

Desnorteada

Entôo o grito

E explodo

Permito-me chorar

Por quem merece

O meu pranto

(Janeiro de 2012

Em Memória de Aderbal Xavier

Pai amado, Avô amoroso, Marido apaixonado e Amigo Leal)