((((::::GELO ARDENTE::::))))

Os rios infindáveis de mim vão morrendo de sede lentamente...

Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos

sentindo náuseas e convulsões mornas

que esperam a morte noturna

Ainda brilha em meu rubro olhar

a figura máxima de tantas palpitações

Seria talvez, belo - seria apenas o sofrimento do amor puro

Por que não te esvais - amado - sob as minhas lágrimas?

És bem tu, a máscara da noite, urge e beija-me os olhos

para que enfim eu adormeça.

Sobre mares de gelo ardentes,

onde a saudade dilacera a fogueira eterna de minh'alma.

a poesia ficou dormindo nos braços imortais da madrugada.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 25/01/2012
Código do texto: T3461831
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