((((::::GELO ARDENTE::::))))
Os rios infindáveis de mim vão morrendo de sede lentamente...
Onde o silêncio nasce dos ruídos monótonos e mansos
sentindo náuseas e convulsões mornas
que esperam a morte noturna
Ainda brilha em meu rubro olhar
a figura máxima de tantas palpitações
Seria talvez, belo - seria apenas o sofrimento do amor puro
Por que não te esvais - amado - sob as minhas lágrimas?
És bem tu, a máscara da noite, urge e beija-me os olhos
para que enfim eu adormeça.
Sobre mares de gelo ardentes,
onde a saudade dilacera a fogueira eterna de minh'alma.
a poesia ficou dormindo nos braços imortais da madrugada.