ÚLTIMOS PINGOS DE POESIA

Onde reinaria a “Paz Celestial”
Punhaladas palavras gritaram guerra
À flor da pele ficaram os espinhos da ironia
E em cada peito o esmagado sentimento
Encharcou de ódio o chão sangrento.
Mas ali, na ponta do bélico tanque,
Num corpo a tremer, o que havia
Não eram as últimas gotas de sangue
Eram os últimos pingos de poesia.