No mesmo segundo

O ser poeta é estar numa dimensão atemporal

Em perfeita anacronia

Com o mais simples que há no mais complexo.

Você que se experimenta em seus poemas

E se esconde nas vielas das rimas e da métrica

Perceba!

Quando se senta e se deixa tomar

Pela força que te dobra na escrita,

Perceba!

É nessa hora que todos os poemas são escritos!

E se fundem no mesmo segundo

Cada poeta morto ou vivo!

Se olhar rapidamente para o lado,

Verá relances borrados de Quintana se confessando

Ao lado de todos os outros

Como na poesia nublada de Monet...

Paulo Fernando Pinheiro
Enviado por Paulo Fernando Pinheiro em 25/01/2012
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