(((:::FLOR DE INOCÊNCIA:::)))

Procuro a escuridão, fugindo à luz,

e o negro manto desta noite afasta,

quando todo o gelo se desgasta,

dissolvido ao calor de um raio ardente

Se fecho os olhos, abre-se, num corte,

a dor profunda que a meu sol conduz.

Ver sempre em cima o mesmo espaço frio,

ou piedoso, cansaço indefinível!

Oh, quem me dera alguma coisa nova!

Mas quero a solidão, e à tão negra existência

Buscas o meu olhar, a flor de inocência!

Simplicidade! Teme a chama que fulgura

Perdeu-se o meu eu no passado sombrio...

abraço o tronco da esperança em túmulo vazio.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 24/01/2012
Código do texto: T3458792
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