O Encantador de Serpentes

CADA NOTA DENOTA...

O SENTIMENTO MAIS NOBRE.

COM A EXPONTÂNIEDADE COM QUE SE ARROTA,

DEVOTA, O AMOR. DELE FAZ LOBBY.

TANGENDO INSTRUMENTO,

PELO CAMINHO ÁRDUO.

PROPICIO ALENTO,

AOS CONDENADOS...

EM CADA CANTIGA.

APESAR DE AMBÍGUO,

APAZÍGUO...

BRIGAS.

CALAM-SE OS PÁSSAROS, TORNAM-SE PUPILOS,

O EUCALIPTO SE CURVA,

ELEVAM-SE AS SAÚVAS,

SÓ PARA OUVÍ-LO.

DOS CORAIS CELESTES,

FAÇO PLÁGIO.

NO BARCO ESTÁ O MESTRE,

SILENCIO SEREIAS QUE PROVOCAM NAUFRÁGIOS,

USO ADÁGIOS:

“QUEM CANTA OS MALES ESPANTA”

ALMAS NÃO CABEM NO BOLSO,

VENDO O ALMOÇO...

PRA COMPRAR A JANTA.

NO MAIS É FAZ-ME-RIR OU CHORE,

EM TODOS OS RITMOS.

POR ISSO TALVEZ, ORFEU SEJA FOLCLORE,

NÃO PRIMA OS LOGARITMOS,

O BRILHO DA SAFIRA,

O ÁPICE, O APOGEU.

NÃO É ISSO QUE ASPIRA,

A LIRA DE ORFEU.

APÓS O POENTE, O VERBO VIVENTE,

ESCAPOLE DAS PAUTAS.

COMO UM ENCANTADOR DE SERPENTES,

SOB A BATUTA DO EXCELSO REGENTE,

TOCO MINHA FLAUTA,

SALTA AOS OLHOS...

QUE VOU MAIS PROFUNDO QUE POSSO,

QUE POÇOS,

DE PETRÓLEO,

PRA QUE A PÓLIO... MIELITE,

NÃO LIMITE, TRAVESSURA INFANTIL.

INDA NÃO ESTAMOS QUITES.

NÃO É FILME DE WILL SMITH,

SETE VIDAS? NÃO! SEI QUEM MORREU POR MAIS DE MIL.

CÉRBERO DORMIU...

NUMA FRAÇÃO,

COMO QUE OUVINDO ACALANTOS DA MADRE.

LOGO ORFEU CRUZA O PORTÃO,

DO HADES.

TRAZ DE GILEADE, BÁLSAMO: CADÊ EURÍDICE?

DADA COMO MORTA,

PESSIMISTA ANOTA,

UM NÚMERO A MAIS NOS ÍNDICES.

AQUI JAZ?

ATÉ QUE O SOL DA VIDA TOQUE TUA PELE,

DE LUZ TE MODELE,

NÃO OLHAREI PARA TRAS.

COMO OS PÉS DE CURUPIRA

NÃO VENHO EM NOME DE ZEUS.

ENQUANTO ALGUÉM RESPIRA,

SOA A LIRA, DE ORFEU.