APLAUSO

Quando eu quiser aplauso

deixo que segure o meu pau

na mijada

pegue sua glória

e venda a coroa de brilhantes

falsos

no camelot

eu, daqui, almejo como estrela

a pedra na cabeça

e mais nada

quero leitos espetados de pregos

e sexo de lata,

longe das cabeças corcordantes

da boiada

Politicamente correto

é idiota,

centopeia cantora de ópera

mais feroz é a anedota

uma droguinha

e o cotidiano é outro

vatapá de acqualouco

alma penada de brado rouco

o centro da cidade é bom

na multidão tudo é secreto

como é possível comprar ouro

se o gato sorri com dente torto?

como eu disse, não quero aplauso,

sou incorreto demais p'ra levar engodo