Onde está a desejada?

Eu preferia a dor a saber que não mais

Eu a prefiro a saber que não és

Eu a desejo, como se acordada de um sonho

Tivesse a paz roubada novamente desta

A temida dor da perda

A dor de conhecer o nefasto é pior

De pensar que tempos de quimera se esvaíram

Numa cortina de fumaça frente a meus olhos

Eu preferia a dor, a dor de não mais

Eu a invoco em vão

Ela se foi e deixou aqui uma tábua rasa e não escrita

Donde antes se via uma história

Agora nada mais se vê

Eu a preferia mesmo que retalhasse meu peito

Ao menos eu ainda a tinha, e agora...

Agora não mais.