Primeira palavra do crucificado - Karma break

Sou póstumo, acabado e dissonante,

Um erro imenso entre soldados tristes.

Abro os braços e vejo o céu nublado,

Digo a Ele, “Que sejam perdoados”.

Não sei dizer se lá embaixo,

É seda brilhante ou apenas farrapos,

Perdido que estou nos séculos passados,

Onde a dor se torna um teatro,

E a verdade um punhal de dois lados.

É minha carne e meu sangue que percebem,

Não a liberdade de um coração divino.

Mesmo assim, não há mais véu no templo,

E por minhas humanas feridas consentidas,

Permito que voem os corpos sofridos

Presos em armaduras e a reis perdidos.

Tudo o que tenho é o coração em repouso,

Pois já viveu o que havia de ser vivido,

Já amou para agora e para sempre,

E tornou a escolha superior ao destino.

Pareço pequeno pois estou longe,

O voo alcança sua moralidade de instinto,

Menor que as estrela visto de baixo,

E tens asas, mas naufraga no medo .

Mesmo assim quando cantarem meu nome,

No teatro brilhante de orações desesperadas,

Ainda assim estarei presente e sorrindo,

Pois para muitos serei a única morada.

E se amo, não é escolha que faço,

É condição de ser três lados da solidão infinita,

Que mesmo entre as criaturas criadas do barro,

Tem o nome negado e a visão contida.

Faça-se a luz em minhas palavras perfeitas,

Nessa escuridão do fim da virtude.

Eu sei da treva, e sei do caminho,

Amo porque é verbo, e morro porque eu permito.