Da arte de se falsificar espelhos
Vai começar a pancadaria.
Eu batucando em meu teclado,
enquanto fumo meu cigarro,
e equilibro do outro lado,
um monte de gente querendo sair.
Mas calma, digo aos monstrinhos,
haverá tempo para todo mundo.
Mas leva tempo para fazer metáforas,
e eu as faço, tão desavergonhadas,
com marreta e pé de cabra.
Sou um arrombador de intimidades.
Venho como um gatuno à noite,
roubo seus pensamentos, suas cinzas,
assombro as vidas, como alma penada,
depois saio correndo, fugindo.
E quem poderá me acusar, se sou canalha?
Quando acham que estou chegando,
estou voltando, com meu porrete disfaçado.
Morra de inveja, Esther Williams.
A lycra de minhas meninas
é muito mais colada....