Lua Esparramada
Há dias em que a lua
cheia de atrevimento,
sequer pede licença:
invade minha varanda,
esparrama-se pelo chão.
Observo, ali, parada,
completamente extasiada,
relembro a velha canção:
mas “de rondas”, hoje não!
Tento costurar versos:
uso as linhas do horizonte.
Os pontos se dispersam
à cata de uma nebulosa,
aquelas, de reflexão.
O poema um tanto assustado,
recolhe-se ensimesmado,
e recluso-me sem inspiração.
Quem sabe, amanhã um bordado,
com alguns raios prateados,
respinguem das minhas mãos.
Rogoldoni
23 01 2012
Há dias em que a lua
cheia de atrevimento,
sequer pede licença:
invade minha varanda,
esparrama-se pelo chão.
Observo, ali, parada,
completamente extasiada,
relembro a velha canção:
mas “de rondas”, hoje não!
Tento costurar versos:
uso as linhas do horizonte.
Os pontos se dispersam
à cata de uma nebulosa,
aquelas, de reflexão.
O poema um tanto assustado,
recolhe-se ensimesmado,
e recluso-me sem inspiração.
Quem sabe, amanhã um bordado,
com alguns raios prateados,
respinguem das minhas mãos.
Rogoldoni
23 01 2012