Agasalho da vida

Na face oculta

Desse insano momento

Que se oculta, até o momento

Em que poderei saber de tudo...

Esse ar que contamina gerações é falso.

Somos donos de nós

E sabemos até onde poderemos chegar.

Sofreremos as consequências

Cometidas pelos nossos atos!

Fui sensibilidade,

Tive maturidade,

Passei por tudo e passarei pelo que der e vier.

Agora sou madeira ou vidro,

Lapidado pelos atritos da vida.

Dei crédito a muitos

E sempre esperei contar com poucos.

No inverno sinto frio!

Procuro um cobertor e prefiro

O que for for feito de carne.

Busco, na brusca necessidade,

O agasalho da vida.

Me faço preciso para quem me achar necessário.

Detesto a dúvida:

Tem cheiro de pó!

E de pó, basta o que de nós ficará, um dia...

Por enquanto, eu me sinto necessário:

Para mim e para quem me achar necessário.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 22/01/2012
Reeditado em 24/01/2012
Código do texto: T3455468