Agasalho da vida
Na face oculta
Desse insano momento
Que se oculta, até o momento
Em que poderei saber de tudo...
Esse ar que contamina gerações é falso.
Somos donos de nós
E sabemos até onde poderemos chegar.
Sofreremos as consequências
Cometidas pelos nossos atos!
Fui sensibilidade,
Tive maturidade,
Passei por tudo e passarei pelo que der e vier.
Agora sou madeira ou vidro,
Lapidado pelos atritos da vida.
Dei crédito a muitos
E sempre esperei contar com poucos.
No inverno sinto frio!
Procuro um cobertor e prefiro
O que for for feito de carne.
Busco, na brusca necessidade,
O agasalho da vida.
Me faço preciso para quem me achar necessário.
Detesto a dúvida:
Tem cheiro de pó!
E de pó, basta o que de nós ficará, um dia...
Por enquanto, eu me sinto necessário:
Para mim e para quem me achar necessário.