A insônia da Morte

“Aqui vejo coisas que a mente humana jamais viu

Aqui sofro frio que o corpo humano jamais sentiu

É este o misterioso reino dos ciprestes”

(Vinícius de Moraes)

Não havia comiseração ou piedade

Atrás da máscara, não havia

Face, às cinco e meia...

... Madrugada, lua cheia que tardia.

No horizonte, dormem crianças, lábios abertos

Olhos fechados, Vinícius também dorme

Corpos inertes, vestidos de branco

Enquanto dormem, só os pescadores.

Acordaram cedo, tarde da noite

Tão tarde, o medo da morte, cedo

Ela, paciente, espia o mar...

É a hora de lançar as redes

Rumar os barcos ao infinito e navegar

Ao profundo e misterioso reino das águas verdes.

*Baseado em “O cemitério na madrugada”

de Vinícius de Moraes

Marciano James
Enviado por Marciano James em 22/01/2012
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T3455368
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