Escuro, É Claro...

Só um segundo muda tudo. O que não muda é a postura conveniente da covardia. Covardia consigo mesmo que deixa pensamentos desnudos no escuro da alma. Falta-te coragem até pra assumir a covardia quando é comum se ver de cara com o outro a todo instante alimentando-se de nós. E sem querer o HUMANO SER se perde colocando-se exposto. Você se engole, se enrola pra tentar fingir que não vê, fala sozinho que não dá mais, que dessa vez é pra valer. Ninguém premedita a condição do seu ser avisando-lhe que aquele sorriso e palavras duram pouco, a falsidade não tem rosto. Ela cai bem em qualquer um. Um dia você acorda assim, tirando a máscara dos outros e arrancando –lhe a mesma. Mas você entende que não quer se enganar e pra isso terá que perder toda a credulidade e passar a tocar em si mesmo de uma forma diferente. Mas o que sempre importa é sermos acobertados por um instante de paz. Instante que se consegue embriagar de coragem, e entende que, seguir à tontas também não te deixa feliz. Aquilo que avalias, é ignorado ante avaliações de ‘preço’ da necessidade humana. Descobre que estar sendo tolo, não significa que és um tolo. Aprende que cada dia a vida lhe dá um chance de ver as coisas diferentes, de mudar tudo, mas a paz tem um preço alto. E amadurece, cresce dentro de sí um amor incondicional consigo mesmo, a entender que sorrir não significa estar feliz, e apenas passa a sorrir de si mesmo. Pois o sorriso mais limpo não está estampado, pertence a nós, alegra nossa alma, o corpo. Não necessariamente, aquele que sorri, sorri pra você com o coração. O que é preciso por um sorriso verdadeiro?

adiv
Enviado por adiv em 22/01/2012
Reeditado em 15/02/2012
Código do texto: T3455107