INTUIÇÃO

Percebi, sem refletir,
Intui, fé cega no acaso,
Confiei nos meus instintos,
E me entreguei até a alma.

Entrei na sala escura,
Olhos vendados, sem questionamentos,
Não apalpei nem os corrimões,
Subi os degraus, até as estrelas.

Aqui estou, decidido,
Mercê da intuição sabida,
Enxerguei com os sentidos,
Tudo que meus olhos não veriam.

Não preciso de lucidez,
Que não seja da luz dos teus olhos,
Que guiam minha percepção pura, ingênua,
Tão puro quanto meu apego que cresce e me conforta.

Meu coração não pensa,
Apenas intui o que minha alma vê,
E ela a viu na multidão e a escolheu,
Eu, institivamente, continuo a seduzir - o seu coração.



Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 22/01/2012
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