Luto silencioso!

Fui o alvo mais certo, entre todos...

E quantas vezes,

Pelas mãos do pensamento,

Fui curando feridas,

Pouco a pouco,

Tempo a tempo.

E quantas vezes amargurado

No âmago maior da amargura,

O meu interior se abstém de tudo.

Sofro.

Mas sofro calado.

Luto silencioso,

Íntimo,

Sublimado!

Nem um ruído é soado

Das cordas vocais da minha garganta.

São tantas sofreguidões

E tão poucas alegrias!

Não sou covarde

Não fui, nem um dia!

Sobrevivo, à duras penas,

A todo tipo de sorte a que sou fadado

E não sou dado a ressentimentos.

Quando minha alma transborda em gostas d'água...

Olho para o nada...

E o pensamento me traz o Éden.

Dou fim a qualquer tipo de loucura.

E a cura?

Quase tudo tem!...

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 22/01/2012
Reeditado em 22/01/2012
Código do texto: T3454800