Luto silencioso!
Fui o alvo mais certo, entre todos...
E quantas vezes,
Pelas mãos do pensamento,
Fui curando feridas,
Pouco a pouco,
Tempo a tempo.
E quantas vezes amargurado
No âmago maior da amargura,
O meu interior se abstém de tudo.
Sofro.
Mas sofro calado.
Luto silencioso,
Íntimo,
Sublimado!
Nem um ruído é soado
Das cordas vocais da minha garganta.
São tantas sofreguidões
E tão poucas alegrias!
Não sou covarde
Não fui, nem um dia!
Sobrevivo, à duras penas,
A todo tipo de sorte a que sou fadado
E não sou dado a ressentimentos.
Quando minha alma transborda em gostas d'água...
Olho para o nada...
E o pensamento me traz o Éden.
Dou fim a qualquer tipo de loucura.
E a cura?
Quase tudo tem!...