O canto da sorte

Ela morava em um presságio

O pio da coruja, mau agouro

Minava a volta em naufrágio

Gato à noite, de negro couro

O provérbio o vestia pardo

Abarrotava de sal todo fardo

A sorte por cima da escada

Se embaixo não contornada

Os degraus prendiam a fada

Espelho refletindo em cacos

Não reflete a mão do laico

Nem nunca o deixa saber

Mascotes, patuás ou o vigário

De azar, sucedem-se lendários

Sorte não se aloja em adágios

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 22/01/2012
Reeditado em 22/01/2012
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