O canto da sorte
Ela morava em um presságio
O pio da coruja, mau agouro
Minava a volta em naufrágio
Gato à noite, de negro couro
O provérbio o vestia pardo
Abarrotava de sal todo fardo
A sorte por cima da escada
Se embaixo não contornada
Os degraus prendiam a fada
Espelho refletindo em cacos
Não reflete a mão do laico
Nem nunca o deixa saber
Mascotes, patuás ou o vigário
De azar, sucedem-se lendários
Sorte não se aloja em adágios