Talvez eu harmonize Yin e Yang
Propondo outros meios, outros fins
Para persistir... “forever young!"
(Alma Welt)
Moça bonita dos pampas,
Brisa das campinas nos cabelos,
Ar de garça imperial nos gestos,
Pés descalços,
Pescoço de bailarina,
Cigana de olhos instáveis,
No hálito o aroma do pomar e vinhedo,
Mulher, pintora e poeta.
Fantasia.
Escândalo.
Caminhou de soneto em soneto,
Entre cavaletes e tintas e música,
E num dia janeiro de sol a pino
Vestiu-se de branco
Levou sua Alma para passear...
Para compor arte e escrever histórias
Em outro (re)canto e regaço,
Junto ao poço da Estância.
Desfaz-se o enredo e o laço.
Seu sopro vive entre os sons da cascata cristalina: memória.
[Para Guilherme Cauby de Faria e a criação literária de Alma, escrito em 22/01/07]
Tela de Guilherme de Faria, "Alma Welt".
*Quem caminha descalço não deve semear espinhos.* (G.Hebert)
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