SEM PORTO DE ABRIGO!
Não tenho um refúgio, nem onde dormir
Não tenho o pão para matar a fome
Só tenho comigo a mágoa que me consome
Mas tanto preciso de ti, pra sorrir
Não tenho um lar, nem um beijo pra sentir
O calor de um afago dado de feição
Não tenho sequer quem me estenda a mão
Só tenho estas lágrimas, para me ferir
Sem porto de abrigo, assim na desventura
Para mim a vida é como a noite escura
Tão negra e tão triste, impávida e calma
E eu nela dormindo, ao frio e ao relento
Regelo o meu corpo e nas asas do vento
Sinto uma espada…cortando-me a alma!