IDOSO

Idoso.

Nós não temos voz, nem vez,

Ninguém houve o nosso grito;

Que se ajunta no vazio turbulento,

E se perde nas procelas do infinito.

Ninguém nos quer,

Ninguém precisa de nós;

Que já fizemos parte do progresso,

E hoje estamos sós.

Até quem já foi um dia,

Nossos braços, nossas pernas,

Cansou da vida e também se foi,

Dividindo, nossas lembranças eternas.

E nossas dores não param

O nosso corpo castiga,

No passo a passo da vida

Nos vence pois a fadiga,

E morremos.

Guel Brasil
Enviado por Guel Brasil em 21/01/2012
Código do texto: T3453213
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