A barca do tempo
 
Sou um ser de palavras anónimas,
Dentro de um manto de esperança...
Onde a luta se consome,
Até mesmo o imaginável das fronteiras.
 
Embarco no rodopio da existência
Sinto a ânsia da luz tecer
E o espelho da saudade é um momento,
Como as letras que flutuam no espaço,
Na transfiguração do rosto,
Do inefável inebriamento.
 
Caminho atónita, nesta embarcação
Nesta era de vontades famintas,
A materialidade das cores...
Esta ausência que aos poucos ofereço.
 
Misturo-me no sonho das metáforas,
No grito da terra em dor
O lampadário da vivência,
Aquela luz, o espaço recente...
A janela, um outro oriente
O sítio marcante do pulsar.
 
Ingénito é o sorriso
O olhar do além, na neve,
No coração, o amor explode
Esta profecia, os últimos dias
O exíguo lembrar...
As voltas em marés,
As minhas doces marés cheias!
 

Diana Enriquez





 
Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 21/01/2012
Código do texto: T3452904
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.