Sereia Terrestre

Não era a ‘Garota de Ipanema’

e nem estava a caminho do mar.

Era sereia

e não estava no oceano.

Não nadava,

movia-se sensualmente.

Vestia calças colantes,

Pescadora.

Queria pescar

e

ou

ser pescada.

Olhou-me

de uma maneira penetrante.

Sem graça

de tanta Graça

desviei meu olhar.

Andou em minha direção

(olhei de rabo-de-olho),

desviou-se

e passou.

Deixou atrás de si

um rastro de charme,

um quê de desejo.

L.L. Bcena, 16/08/2000

POEMA 696 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 20/01/2012
Código do texto: T3451614
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