Sereia Terrestre
Não era a ‘Garota de Ipanema’
e nem estava a caminho do mar.
Era sereia
e não estava no oceano.
Não nadava,
movia-se sensualmente.
Vestia calças colantes,
Pescadora.
Queria pescar
e
ou
ser pescada.
Olhou-me
de uma maneira penetrante.
Sem graça
de tanta Graça
desviei meu olhar.
Andou em minha direção
(olhei de rabo-de-olho),
desviou-se
e passou.
Deixou atrás de si
um rastro de charme,
um quê de desejo.
L.L. Bcena, 16/08/2000
POEMA 696 – CADERNO DOS ANJOS.