CHORO MINHA ALDEIA

Vai parece mentira, eu sei

Ou até causo de pescador

Mas foi promessa, eu jurei

Cantar minha aldeia, mesmo na dor.,

Era uma vez...ou ainda é...bem capaz

Uma cidade do interior, pequena

Que parece a cada ano encolher mais

Por rinhas políticas, coisa obscena

Vejam só:

Essa cidade tinha..., no tempo de dantes

Muito antigamente, no século passado

Um posto da receita federal, do extinto Inamps

Ministério do trabalho, de rendas delegado

Teve fábricas de “gasosa”, uma tal de Imalasa

Fabricava moveis e acabou que os operários

Cerca de trezentos, sem salários e sem casas.

Isso citando essa, mas tinha muito mais

Gente, até um Cinema, que saudade

Nosso tempo de infância morreu, foi maldade.

E nossa empresa da Antártica, pra onde foi?

É lembro de outra firma, de reciclagem

E mais uma que vendia café na embalagem

Própria com nome da cidade até...

Abatedouro tinha também, de muitos bois.

Nossa, é uma cidade Legendária

Mas fechou o antiquário...

Bom, o sino da igreja ainda no campanário

Avisa q a festa do santo padroeiro, trocaram

De lugar , e nesse dia os santos Antonio e Benedito

Se visitam já que com a Festa do Benedito, no dia certo,acabaram.

De Histórica ficou a historia, e o orgulho

Dos filhos que hoje choram sem patriarcas.

De Heróicos que aqui tombaram, sangue e pedregulho

Jazem nos museus sem pétreas arcas.

Onde o Monge olha cidade dorme

Sob o cuidado do Cristo la no alto

Cuja sina é ter no passado toda gloria

E no presente um sobressalto

Pelo futuro, sonhar vitória.