AS  PIPAS                                         (foto do autor)
                                                          
 
As pipas da minha praia,
que vejo aqui da janela,
singram esse mar tão verde,
em grácil e alucinante vôo,
levando junto com elas,
belos corpos morenos,
em harmoniosos volteios,
graças ao bom vento de leste,
que sopra forte e enfuna
as birutas no areal
 
          São os cavaleiros do vento,
          Rijos e corajosos moços,
          filhos de Netuno, sem dúvida,
          que cavalgam suas velas,
          com maestria invejável ,
          saltam sobre as ondas e,
          velozes, vão às ilhas,
          manobram e voltam à praia,
          numa corrida sem par.
 
Com suas coloridas asas,
dão mais cor ao céu azul,
criam um horizonte que pulsa,
fazem um  enorme bem,
a quem os olha, como eu,
que, mesmo sem perceber,
vou, também, sendo  levado, e
em pensamento, querendo,
com muita sofreguidão,
varar com eles essa verde imensidão.
 
          Deixar este mundo tão insano,
          Elevar-me a outro plano....
 
 
 
 
 
paulo rego
Enviado por paulo rego em 19/01/2012
Reeditado em 19/01/2012
Código do texto: T3449382