Cavalgaria da procura possível
Cavalgaria da procura possível
Amael Oliveira*
Gosto de cavalgar
Pelo céu quase só nosso com meu corcel de sorvete;
Vou ao canto mais extremo do nosso céu de papel crepom.
Peço a noite para abençoar os corações feitos de odisséia de sonhos.
Ninguém viu, mas eu notei.
Todos não perceberam, mas eu me assustei com o escandaloso
Grito de teus olhos profundamente encortinados de esperança.
Certamente que precisasse cantar uma canção com olhos cheios de vida.
Precisasse me rasgar em muitos pedaços de papelão
E me lançar por entre as janelas de tuas asas de Ícaro.
Durmo hoje para acordar no outro dia antes de ontem.
Eu ainda te procuro, pedaço luminoso de vida.
Pelos céus de águas brilhantes,
Eu te busco.
* Estudante do Curso Letras/ Português da Universidade Federal de Sergipe (UFS)