Égua
No fim, não sobra muita coisa
para se orgulhar ou para se lembrar.
E assim, é só esticar o beiço,
rumo à soleira da porta,
respirar aliviado por não ter
nenhum motivo para sentir
que algo ainda precisa ser feito.
Não precisa.
Porque a incompetência e a indolência
trazem o agradável conforto,
de ser um pouco menos perdedor,
que o perdedor comum.