[expõe-se o homem no leme]

Apresentando o Transversal

“La Folie, Lydia the Tattooed Lady, dos irmãos Marx,... das viagens, das estações do ano, das partidas e de alguns regressos...” das viagens...

Abrigam-se algumas proteções,

escondidas por um manto suspenso,

prestes a esvoaçar sem destino,

expõe-se o homem no leme,

e é no mar que se encerram

as palavras, prolonga-se o circulo,

que se deseja quebrado,

nascem areais desconhecidos,

detroem-se as ondas contra rochedos,

que resistem.

Acordam das profundezas sonhos,

viagens sem fim,

conquistam-se castelos inacessiveis,

do raio da trovoada acendem-se pavios,

ilumina-se a tempestade,

expõe-se o homem no leme.

Resistem sentimentos, perdas,

até saudades,

pouco interessa,

nem as aves que se protejem

da cinza do dia,

iluminam as sombras carregadas,

tão carregadas

que se arrastam como pedintes,

como putas velhas pelas vielas,

procurando algum vinho,

procurando algum calor,

expõe-se o homem no leme.

De nada serviram os avisos,

tantos os queixumes,

tantas teimosias, como se tudo

se conhecesse, mesmo o desconhecido

deserto de algas moribundas,

orgulhos,

superioridade momentanea, surdez,

e ao furacão repentino, devastador,

expos-se o homem no leme.

Nkisi
Enviado por Nkisi em 18/01/2012
Código do texto: T3447501
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