CANTOS NOTURNOS

1.

Nessa hora da tarde,

quase noite,

o poema arde.

E a alma suspira

frágil e nua.

Depois se veste de estrelas

e se enfeita de lua.

2.

Solidões são aquarelas,

nem tristes e nem belas.

Sejam as minhas, sejam as tuas,

trazem sempre leves traços de melancolia.

Sussurros, murmúrios, lamentos...

Espelhos? Janelas? Portais?

Apenas o vento desconfia,

mas não revela jamais.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 17/01/2012
Código do texto: T3446585
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