Não me pergunte amor
O que foi feito dos sonhos
Desenhados no desejo
De ver a vida florida
E de amor perfumada
Não me pergunte amor
Porque morreu a esperança
De no céu contar estrelas
De tomar banho de lua
De ser para sempre tua
Não me pergunte amor
O sabor do sal das lágrimas
A dureza daquele adeus
As noites permeadas de dor
A morte dos planos meus
Passado o ciclo de provas
A vida desponta linda
Com um doce amor outonal
Viradas as páginas da dor
Neste renascer do amor.
(Ana Stoppa)