A Doce Lua

Lua, Lua, Lua, Lua*,

é linda toda nua.

Em cada semana

uma fase.

Em um mês

quatro faces.

Atrai-me sendo prata-amarela.

Seduz-me sendo singela.

Encanta-me por ser bela.

Ao conversarmos,

senti a doce mulher

na qual te transformaste.

Sendo mulher-lua

e Lua-mulher,

tu sempre

bonita continua.

Seja no Céu,

Lua,

ou

mulher na rua,

me hipnotiza.

Ao no nascente surgir,

chega com teu corpo

vermelho-amarelo

ao meio da noite,

meia-noite,

com o teu

amarelo-prata

e

antes da aurora

com teu branco-amarelo...

enfeitiça-me,

és cama leoa.

Linda deusa dos romanos,

Diana

e

dos gregos,

Febe ou Delia.

Para mim,

no Céu,

a Lua;

no inferno,

Hécate ou Prosérpina.

Para nós

da Sala dos Artistas,

sempre

continua

a doce nua,

a meiga Lua.

*Nick da sala de arte de bate papo.

L.L. Bcena, 01/07/2000

POEMA 686 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 17/01/2012
Código do texto: T3446260
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