A Doce Lua
Lua, Lua, Lua, Lua*,
é linda toda nua.
Em cada semana
uma fase.
Em um mês
quatro faces.
Atrai-me sendo prata-amarela.
Seduz-me sendo singela.
Encanta-me por ser bela.
Ao conversarmos,
senti a doce mulher
na qual te transformaste.
Sendo mulher-lua
e Lua-mulher,
tu sempre
bonita continua.
Seja no Céu,
Lua,
ou
mulher na rua,
me hipnotiza.
Ao no nascente surgir,
chega com teu corpo
vermelho-amarelo
ao meio da noite,
meia-noite,
com o teu
amarelo-prata
e
antes da aurora
com teu branco-amarelo...
enfeitiça-me,
és cama leoa.
Linda deusa dos romanos,
Diana
e
dos gregos,
Febe ou Delia.
Para mim,
no Céu,
a Lua;
no inferno,
Hécate ou Prosérpina.
Para nós
da Sala dos Artistas,
sempre
continua
a doce nua,
a meiga Lua.
*Nick da sala de arte de bate papo.
L.L. Bcena, 01/07/2000
POEMA 686 – CADERNO DOS ANJOS.