PISANDO ESTRELAS...
Caminhei pelas calçadas
por não poder pisar na lua.
Minha vontade pôs estampada
nas poças da minha rua a linda lua!
Pintou-se, então, de prata
a lama sem graça daquela via.
Na verdade o fulgor repousou foi
nos olhos do único andante da minha rua!
Perdido no contentamento
daquele céu na terra do nunca,
pisei no astro brilhante deformando
a beleza que refestelou-se na poça imunda!
A seguir deixei que novamente
ganhasse brilho e forma perfeita,
depois despedi daquela prata na lama
podre, segui caminhando pisando estrelas!