Réptil
Diminuo um tanto
a cada dia
Arrasto-me sem opção.
Caminho por pedras, calçadas,
passos incertos
marcam meu chão.
Não delimito o espaço,
um réptil, um nada, me arrasto
deixando o meu visco no chão.
Calo-me, por isso morro
a cada dia, bem mais por dentro.
E se um rio lava-me a face,
me sinto mais negra, carvão...
São meus todos esses ais!
Pois quando me calo,
morro a cada dia,
Sempre um pouco mais...
Diminuo um tanto
a cada dia
Arrasto-me sem opção.
Caminho por pedras, calçadas,
passos incertos
marcam meu chão.
Não delimito o espaço,
um réptil, um nada, me arrasto
deixando o meu visco no chão.
Calo-me, por isso morro
a cada dia, bem mais por dentro.
E se um rio lava-me a face,
me sinto mais negra, carvão...
São meus todos esses ais!
Pois quando me calo,
morro a cada dia,
Sempre um pouco mais...