Réptil
 
Diminuo um tanto
a cada dia
Arrasto-me sem opção.
Caminho por pedras, calçadas,
passos incertos
marcam meu chão.
 
Não delimito o espaço,
um réptil, um nada, me arrasto
deixando o meu visco no chão.
 
Calo-me, por isso morro
a cada dia, bem mais por dentro.
 
E se um rio lava-me a face,
me sinto mais negra, c
arvão...
 
São meus todos esses ais!
Pois quando me calo, 
morro a cada dia, 
Sempre um pouco mais...
 
 
 
 
 
 
Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 16/01/2012
Reeditado em 11/03/2017
Código do texto: T3444764
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