Como (não) fazer poemas de amor...
Há uma musa, que de amor não se habita...
Mesmo assim, porque ela é um primor
de beleza, o genial poeta acredita
que isso basta para o poema de amor...
Imponente, pega papel e caneta, e submersos
antes, emergem borbulhantes
da sua mente - afiada oficina de criar versos -
os contornos de imagens empolgantes.
Mas elas não se definem... O quase patético
brado da sua inspirada luxúria, de repente,
morre na garganta daquele poético
exercício, que se prenunciava tão eloquente.
Rabisca em vão... Não sabe que a emoção o acusa
de tentar ser um um triste e inútil autor
de uma heresia poética: sem amor pela musa,
como cavar palavras para o poema de amor?...
Há uma musa, que de amor não se habita...
Mesmo assim, porque ela é um primor
de beleza, o genial poeta acredita
que isso basta para o poema de amor...
Imponente, pega papel e caneta, e submersos
antes, emergem borbulhantes
da sua mente - afiada oficina de criar versos -
os contornos de imagens empolgantes.
Mas elas não se definem... O quase patético
brado da sua inspirada luxúria, de repente,
morre na garganta daquele poético
exercício, que se prenunciava tão eloquente.
Rabisca em vão... Não sabe que a emoção o acusa
de tentar ser um um triste e inútil autor
de uma heresia poética: sem amor pela musa,
como cavar palavras para o poema de amor?...