BBB12
É tanta porcaria
Que já nem sei o que faço.
Às vezes desligo a TV
Por me sentir um palhaço,
Mas na rua todo mundo comenta
O tamanho da bunda da truculenta
Que mostra todo o seu regaço
No escuro parece orgia...
Vão pegando nos peitos
Das moças que se dizem donzelas
Os homens que não merecem respeito.
Parece o fim do mundo
Onde todos parecem Raimundos,
São esses os eleitos
Trinta horas dentro de um carro
Uma prova de descomunal esforço
Me vi ali como um bicho
Um animal de quatro patas enterrado até o pescoço
O prêmio? Um belo carro!
Digno de inveja e escarro.
Meu Deus quanto alvoroço!
Em conversa descontraída
João Carvalho, o líder da semana,
Disse que jogou a aliança de compromisso na privada
Seu parceiro, coitado, merecia coisa mais humana
Mas também era querer demais
Dentro desses currais
O ser humano vira fulano ou beltrana
O apresentador, um renomado jornalista,
Me deixa entristecido...
Por dinheiro faz de tudo:
Apresenta o que não acredita quase embevecido.
Acho que ele deveria ir para o paredão
Este nobre cidadão
Parece um repórter falecido
É difícil acreditar
Mas até os evangélicos estão participando:
É a vulgaridade si sobrepondo à religiosidade.
Creio que os pastores estejam irados.
É a própria desordem das conquistas:
O que era condenado virou realidade intimista,
E viva o profano!