RENASCIMENTO
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RENASCIMENTO
J.B.Xavier
Primeiro considera profunda e sinceramente
Se tens que reformar teu próprio interior.
Se concluíres que sim,
Saibas, desde já, que não será tarefa fácil.
Terás teu próprio eu como teu maior adversário
Nessa grande reforma.
Se, mesmo assim,
Decidires que teu tempo de mudança chegou,
Não cometas o erro de tentar,
Porque tentar, apenas, é pouco!
Faça ou não faça!
Entretanto,
Se te julgas suficientemente forte
Para vencer teu dragão interior,
Então, começa pelo coração!
E não deixes pedra sobre pedra,
Sequer aqueles entulhos de sentimentos
Tão carinhosamente guardados
Para quando um dia possas vir a utilizá-los.
Desfaz-te dos antigos quadros que já nada dizem,
Apenas doem,
Pregados com pregos enferrujados na parede da alma...
Abre as janelas de tuas aspirações
Para o sol da manhã de um novo dia de realizações,
E deixa a luz purificadora do sol das ousadias
Invadir os cantos escuros de tuas preocupações
- por perigos, talvez imaginários -
Onde escondias tuas dores irreveladas.
Ouve os trinados dos pássaros de teus sonhos
A te entoarem novas e reveladoras melodias.
Abre a porta de tua mansão do passado,
E vejas o caminho dos teus ideais
Abrindo-se em felizes e brilhantes futuros,
Enfeitados pelas flores das muitas alegrias
Que te esperam ao longo da jornada.
Caminha por ele.
Não! Não leves nada!
Não cedas à tentação de levares contigo
Aquela enganadora linda caixinha de veludo,
Que contém doces lembranças de um passado feliz.
Ela será o teu veneno,
E te fará verter lágrimas
Por algo que não pode ser revivido nem alterado,
Quando deverias sorrir
Pelo verdejante vale de alegrias
Que te aguarda e com as quais nem sonhas.
Abre as janelas de teus embolorados projetos
Há tanto adiados
E deixa o frescor da brisa de novas metas
Estabelecerem novos rumos para tua vida.
Pinta de cores novas e alegres
Teus ensombrecidos porões,
E deixa que a luz de novas promessas de vida os ilumine
E invadam os nichos de tuas reticências.
Não temas a noite silenciosa de tuas incertezas,
Nem as chuvas ocasionais de tuas tristezas.
Elas virão, com certeza.
Mas, noites podem ser belas,
Se, ao invés de olhares para a escuridão
Que nada transmite,
Decidires olhar para o céu e contar estrelas,
E vê-las como purpurinas
Com que Deus enfeita a festa
Da descoberta do encontro com teu próprio eu.
Chuvas podem ser revigorantes,
Se decidires não apenas
Olhar para os rios de tuas atribulações,
Transbordantes de preocupações,
Mas te detiveres a observar
Os novos ramos de esperança de vida
Que nascem após a tormenta.
Abre as portas daquele armário de espelhos,
Onde guardavas apenas os reflexos de tuas boas intenções,
E olhando tua própria imagem refletida,
Faze valer a pena ser tu
A única coisa de valor a ser guardada ali.
Desfaça-te de tudo o que possa ser apenas miragens,
E vai à feira de novas aspirações,
Onde poderás adquirir novos adornos para tua alma.
Não te deixes iludir por muitos brilhos.
Procura as coisas simples,
Porque serão sempre as mais verdadeiras.
Sai de tua pálida estada
Nas sombras da saudade e da desesperança
E vai para a luz irradiante do sol das novas perspectivas.
E quando estiveres caminhando
Pela estrada do encontro com teu próprio coração,
Olha, de vez em quando, para o alto,
Para o cimo das montanhas,
Porque é lá que nascerá, para sempre, a cada manhã,
O raiar de um novo dia!
* * *
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RENASCIMENTO
J.B.Xavier
Primeiro considera profunda e sinceramente
Se tens que reformar teu próprio interior.
Se concluíres que sim,
Saibas, desde já, que não será tarefa fácil.
Terás teu próprio eu como teu maior adversário
Nessa grande reforma.
Se, mesmo assim,
Decidires que teu tempo de mudança chegou,
Não cometas o erro de tentar,
Porque tentar, apenas, é pouco!
Faça ou não faça!
Entretanto,
Se te julgas suficientemente forte
Para vencer teu dragão interior,
Então, começa pelo coração!
E não deixes pedra sobre pedra,
Sequer aqueles entulhos de sentimentos
Tão carinhosamente guardados
Para quando um dia possas vir a utilizá-los.
Desfaz-te dos antigos quadros que já nada dizem,
Apenas doem,
Pregados com pregos enferrujados na parede da alma...
Abre as janelas de tuas aspirações
Para o sol da manhã de um novo dia de realizações,
E deixa a luz purificadora do sol das ousadias
Invadir os cantos escuros de tuas preocupações
- por perigos, talvez imaginários -
Onde escondias tuas dores irreveladas.
Ouve os trinados dos pássaros de teus sonhos
A te entoarem novas e reveladoras melodias.
Abre a porta de tua mansão do passado,
E vejas o caminho dos teus ideais
Abrindo-se em felizes e brilhantes futuros,
Enfeitados pelas flores das muitas alegrias
Que te esperam ao longo da jornada.
Caminha por ele.
Não! Não leves nada!
Não cedas à tentação de levares contigo
Aquela enganadora linda caixinha de veludo,
Que contém doces lembranças de um passado feliz.
Ela será o teu veneno,
E te fará verter lágrimas
Por algo que não pode ser revivido nem alterado,
Quando deverias sorrir
Pelo verdejante vale de alegrias
Que te aguarda e com as quais nem sonhas.
Abre as janelas de teus embolorados projetos
Há tanto adiados
E deixa o frescor da brisa de novas metas
Estabelecerem novos rumos para tua vida.
Pinta de cores novas e alegres
Teus ensombrecidos porões,
E deixa que a luz de novas promessas de vida os ilumine
E invadam os nichos de tuas reticências.
Não temas a noite silenciosa de tuas incertezas,
Nem as chuvas ocasionais de tuas tristezas.
Elas virão, com certeza.
Mas, noites podem ser belas,
Se, ao invés de olhares para a escuridão
Que nada transmite,
Decidires olhar para o céu e contar estrelas,
E vê-las como purpurinas
Com que Deus enfeita a festa
Da descoberta do encontro com teu próprio eu.
Chuvas podem ser revigorantes,
Se decidires não apenas
Olhar para os rios de tuas atribulações,
Transbordantes de preocupações,
Mas te detiveres a observar
Os novos ramos de esperança de vida
Que nascem após a tormenta.
Abre as portas daquele armário de espelhos,
Onde guardavas apenas os reflexos de tuas boas intenções,
E olhando tua própria imagem refletida,
Faze valer a pena ser tu
A única coisa de valor a ser guardada ali.
Desfaça-te de tudo o que possa ser apenas miragens,
E vai à feira de novas aspirações,
Onde poderás adquirir novos adornos para tua alma.
Não te deixes iludir por muitos brilhos.
Procura as coisas simples,
Porque serão sempre as mais verdadeiras.
Sai de tua pálida estada
Nas sombras da saudade e da desesperança
E vai para a luz irradiante do sol das novas perspectivas.
E quando estiveres caminhando
Pela estrada do encontro com teu próprio coração,
Olha, de vez em quando, para o alto,
Para o cimo das montanhas,
Porque é lá que nascerá, para sempre, a cada manhã,
O raiar de um novo dia!
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