SILÊNCIO

Um silêncio

Tomou conta do meu silêncio

Chegando até atingir

As últimas da minha alma

Bem profundo

Sem a mínima possibilidade

Nenhuma, de emergir

É forte profundo sem ruído

Sinto-me estranho

Por nunca ter ouvido

Meu próprio silêncio

Como ouço agora

Uma sensação estranha

Totalmente anestesiante

Tranqüilidade da minha alma

Sinto todo o meu corpo

E ao mesmo tempo flutuo

Emergir tranqüilo

Agora sem nada ouvir

É isso que uma alma necessita para viver?

Silêncio!

Por mais estranho que seja

Vi todos os problemas

Principalmente minhas culpas e desculpas

Transes e questões

Pude ver como é puro o coração

Penso que essas questões somáticas

Ficam na alma e não no coração.

Emergir agora totalmente lúcido

Calado por meu silêncio

Sem uma única dor