A GARÇA E O URUBU
A GARÇA E O URUBU
BETO MACHADO
AMOR, INOCÊNCIA OU DOÇURA?...
A ESSES SENTIMENTOS ME REMETEU
AQUELA CENA.
UM EXÓTICO PAR ROMÂNTICO,
ALHEIO A TUDO,
MENOS AO QUE LHE CONVINHA,
TROCAVA MENSAGENS GESTUAIS,
TÃO PRÓXIMOS QUE UM NAMORO PARECIA.
ELA IMPROVISAVA DANÇAS
COM O ALVOR DE SUAS ASAS.
ELE ENTENDIA O FLERTE,
EXIBINDO SUA NEGRA ENVERGADURA...
O CENÁRIO É “POBRE DE MARRÉ DECÍ”:
A MARGEM DO RIO DAS TINTAS...
VAZADOURO DE EXCREMENTOS,
NO PASSADO,
DA BANGU.
E HOJE ME PRODUZ UM BELO QUADRO...
E NO ESPLENDOR DESSA GRAVURA
HÁ UM ROMANCE ENTRE
UMA GARÇA E UM URUBU