Jeanne d'Arc au bucher

Deixe o Dj salvar nossas vidas.

Sou rebelde, sou jovem, sou contra.

Sou coreografia numa armadura Dior.

E a chuva inunda os campos da França,

e o barro sob as patas dos meus cavalos,

que esmagam as cabeças esquecidas da história.

O meu coração diz que é preciso ir em frente,

mas é como sempre e sempre, com joelhos no chão,

e Deus pedindo muito, muito mais do que aguento.

E sempre o diabo se ocupando de coroas e reinos,

sempre a criança que está mais longe do que se vê.

E o que é santo, o que é pecado, vira apenas dom,

viram vozes faladas na língua do limite do céu,

me fazendo enfiar a espada da virtude dos anjos

no peito sem razão do outro lado da linha da terra.

E por fim é a fome do povo sem caminho e pão,

que espera no que meus pais chamam de céu,

a verdade transformada em cinzas e lamentos,

por uma terra cercada pelas muralhas de meu medo,

impermeável à luz refletida pela minha armadura,

feita de toda esperança e ignorância de que sou capaz.