ADEUS

Não tenho mais nada para te dar,

Nem os meus sorrisos antes tão francos.

Minha alma empobreceu, vive a chorar

Nas encostas do tempo, aos trancos e barrancos.

Vivo a margem da expiação. Curto a saudade.

Entorno lágrimas pelo difícil caminho.

Tomo emprestado da sombra, a metade;

Quando teu suor me toma o corpo em desalinho.

Deixei-te o adeus como lembranças minhas.

Olho-te de longe com olhos de velha coruja.

Lembro-me de nós dois , quando ias e vinhas

Trazer-me tua estampa e limpar minha cara suja .

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 15/01/2012
Código do texto: T3442735