ADEUS
Não tenho mais nada para te dar,
Nem os meus sorrisos antes tão francos.
Minha alma empobreceu, vive a chorar
Nas encostas do tempo, aos trancos e barrancos.
Vivo a margem da expiação. Curto a saudade.
Entorno lágrimas pelo difícil caminho.
Tomo emprestado da sombra, a metade;
Quando teu suor me toma o corpo em desalinho.
Deixei-te o adeus como lembranças minhas.
Olho-te de longe com olhos de velha coruja.
Lembro-me de nós dois , quando ias e vinhas
Trazer-me tua estampa e limpar minha cara suja .
DIONÉA FRAGOSO