Eu e o trevo

Não pensei sentir mais o que sinto!

Abri a porta do labirinto,

Não joguei a chave fora.

Olhei a minha volta, estava no centro de um trevo...

Sem saber que caminho seguir...

Achei o trevo de quatro folhas

Que havia plantado, tempos atrás.

O céu azul de um verão ardente,

Resplandecente, árido, deserto, Saara!

Tive nítida sensação, que o trevo me pedia água.

Eu não tinha água para oferecer ao trevo

E típico de verão o céu foi nublando

Com pingos de chuva matando a sede do trevo.

Fiquei olhando a elegância da chuva

E me deixei molhar, lavando o corpo, a alma,

Matando também a minha sede.

Eu achara que a sede que tinha era tua!

Me enganara porque a ti não pertence minha sede.

A sede que tinha era do trevo

E a chuva molhara a sede que tinha e a sede do trevo.

Não é amor o que sinto.

Bebi absinto em vez de cicuta

Não quero mais olhar tua cara sonsa,

Insana, fazendo-te de santa, maluca!

Voltei ao labirinto sem demora

Desta vez, joguei a chave fora!...

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 15/01/2012
Reeditado em 15/01/2012
Código do texto: T3442285