Eu e o trevo
Não pensei sentir mais o que sinto!
Abri a porta do labirinto,
Não joguei a chave fora.
Olhei a minha volta, estava no centro de um trevo...
Sem saber que caminho seguir...
Achei o trevo de quatro folhas
Que havia plantado, tempos atrás.
O céu azul de um verão ardente,
Resplandecente, árido, deserto, Saara!
Tive nítida sensação, que o trevo me pedia água.
Eu não tinha água para oferecer ao trevo
E típico de verão o céu foi nublando
Com pingos de chuva matando a sede do trevo.
Fiquei olhando a elegância da chuva
E me deixei molhar, lavando o corpo, a alma,
Matando também a minha sede.
Eu achara que a sede que tinha era tua!
Me enganara porque a ti não pertence minha sede.
A sede que tinha era do trevo
E a chuva molhara a sede que tinha e a sede do trevo.
Não é amor o que sinto.
Bebi absinto em vez de cicuta
Não quero mais olhar tua cara sonsa,
Insana, fazendo-te de santa, maluca!
Voltei ao labirinto sem demora
Desta vez, joguei a chave fora!...