Não quero que me digas como é o mundo

Não quero que me digas como é o mundo

Assim como se eu não o soubesse

Mas somente tu e com a tua experiência

Há um mundo que não alcanças

Há um mundo que não é o prometido

Há um mundo real e que é meu

Onde as coisas funcionam satisfatoriamente

Não tem cobertura de sonho

Não tem esperança, não se sabe o que é isto

É um mundo feito de nada e coisa alguma

Assim como o rei nu

Este mundo anda a cavalo

E o rei sou eu

Rei da minha vontade e não de súditos

Que passam ao longe e entre as flores

Todos feitos das mais imediatas cores

Tenho janelas abertas para o tempo

Chuva e sol e luz e vento

Regatos e cachoeiras

Tudo é vivo sempre

Nada apodrece

E quando me sinto perplexa

É tão somente porque há um pensamento inexpugnável

A consciência da música infinda

O não saber

O não estar

O não ser

taniameneses
Enviado por taniameneses em 15/01/2012
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