Soluço Rose

Tingindo teus olhos cristalizados

Furiosos teus lábios em sede

Saem desordenados e vulneráveis na escuridão

Borboletas encenam loucos dias inventados

Em disfarces desprezados por teu fogo insone

Na fotografia do outono teu rosto viu o meu

Uma ultima vez, um último instante

De cinzas e nuas horas

O soluço em veneno

Semeando cega Paixão

Anestésico da ausência

Lábio do abismo profundo

Êxtase dúbio

Delirante perfume de um morto verão...

Assim tuas palavras soam delirantes no vento... Como o caos dos dias onde as rosas aguardam o renascer da infindável morte...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 15/01/2012
Código do texto: T3441574
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