Cinzas

Permito-me olhar-te,

Um instante apenas, vazio...

Sombrio como a chama fugaz

Que acende o cigarro, desvanece e se apaga

Neste instante, enquanto a brasa

Ardente se dissipa em cinzas

Vejo teus olhos tristes, cinzentos talvez

Esboçar a chama de um sorriso fugaz

Mas como a brasa efêmera,

Desvanece em ti a face pálida.

O sorriso em sombra sutil do silêncio que inspiras.

E volto a olhar-te, por entre a fumaça

Branca e pesada, enquanto o esboço

Se transforma em cinzas

Permito-me mais uma vez olhar-te

Mas o silêncio frio da chama que se apaga

Permanece no ar, e se dissipa

O resto, é somente cinzas

Claudio José
Enviado por Claudio José em 15/01/2012
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