O teu orgasmo me esgasga

o teu escarro , a tua saliva

o livro que eu te dei

você não leu

deixou comprimido

nas gavetas mofadas

não eram contos de fada

falava desse minha dor

que é tão maldita.

 

Mas fica o dito pelo não dito

eu não dito mais as regras

a tragédia anunciada

os meus conflitos desse mês.

 

Ainda engasmo em teu orgasmo

teu delirio

é minha sanha, é minha sina

assassina de mim – suicida

era raiva que congela o pensamento

esse lamento em nota abemolada

Nada, nada! Eu disse: nada!

a mim combina ou concorda

eu sou descarada discórdia

 

Olha esse meu olhar ferido.

Vê, viva e se regogize

na minha pele marcada

essa sarna

essa alma que agoniza.

 

É só pretexto, esse texto assim fingido

pra dizer que odeio esse amor

que vai comigo, nessa labirinto

que eu sou , em minha entranha

é essa estranha que me sou

em tua cama na tua boca que me assanha

sem saber se sou cura, ou sou ferida.

Ou se não sou

nada mais além do que me maldito

nesse amor consumidor.

 

 

Cristhina Rangel.

 

 

 

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 14/01/2012
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