Infectar
Da pele, aqui impregnada.
Suavemente cicatrizada.
Em noites nuas porem me deito
E da distância, vens sussurrar.
Ao teu alcance, vivo estático.
Na frágil lucidez que me conforta
Lembranças tolas tremem meus dias.
Na suave brisa do recordar
Ao fim do dia, o doce arranque.
No retirar dos restos, assim me deito.
Cortar-se o tempo, me livraria.
Tarda-se ia o meu lamento
Quanto de te existe em mim
Me diluído em pensamentos?
Quanto de te ainda me resta
Quando no momento me finjo forte
O vazio cinza abate meu peito
Revivendo em sorrisos o beijo teu
Quanto de mim perderei
No vazio dos dias a te recordar?
Como te esquecer se há pedaços de te
Habitando em mim?