Infectar

Da pele, aqui impregnada.

Suavemente cicatrizada.

Em noites nuas porem me deito

E da distância, vens sussurrar.

Ao teu alcance, vivo estático.

Na frágil lucidez que me conforta

Lembranças tolas tremem meus dias.

Na suave brisa do recordar

Ao fim do dia, o doce arranque.

No retirar dos restos, assim me deito.

Cortar-se o tempo, me livraria.

Tarda-se ia o meu lamento

Quanto de te existe em mim

Me diluído em pensamentos?

Quanto de te ainda me resta

Quando no momento me finjo forte

O vazio cinza abate meu peito

Revivendo em sorrisos o beijo teu

Quanto de mim perderei

No vazio dos dias a te recordar?

Como te esquecer se há pedaços de te

Habitando em mim?

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 13/01/2012
Reeditado em 31/12/2012
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